Pandemic Legacy – 1ª Temporada – Março

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Fala galera, blz? Depois de um tempo parado hoje temos o mês de Março no relato das nossas sessões de Pandemic Legacy. Será que os militares entraram pra valer no combate aos vírus? Até o próximo mês!

Sim, senhor!

Logo no começo do mês minhas suspeitas se confirmaram: os militares obtiveram permissão total para ajudar na contenção dos vírus e agora eles teriam presença em todas as cidades afetadas, não importando o tamanho delas. Seguindo o nosso exemplo, países da Europa, Ásia, América do Sul e África começaram a disponibilizar ajuda militar.

Começaram a surgir pelo mundo, ao lado dos centros de pesquisas, bases militares, as quais eram equipadas com tecnologia de ponta, apesar dos soldados parecerem destreinados e pouco cientes da real situação que algumas cidades, como Washington e Nova York, estavam passando. As reuniões entre as equipes de pesquisas e os militares eram sempre tensas e marcadas pela divergência em quase todos os aspectos relativos a métodos de contenção e avanço das epidemias. Eu sempre desconfiava do otimismo excessivo dos relatórios militares, mostrando como as cidades em quarentena eram um “ilhas de tranquilidade”, no qual a população estava a salvo de qualquer perigo. Por outro lado, nossos relatórios, principalmente em relação a resistência do COdA-403b, eram sempre questionados, levando-me a crer que, em último caso, toda a força (des)necessária seria utilizada pelas forças armadas para salvar somente as vidas que mais lhe importavam, deixando o restante da população desamparada.

Outro militar que agora integrava a equipe era um especialista em operações. Com anos de experiência no currículo, muito educado e de bom trato, ele era bem consciente da real situação e nos dizia para não levar a sério o que a maioria dos militares diziam, porque, segundo ele esses “caras” não passavam de adolescente que ao invés de estarem com o joystick do videogame na mão lutando contra os inimigos, agora usavam drones controlados remotamente em qualquer operação. “É a mesma coisa”, ele vivia repetindo.

Outra coisa que ele havia me contado era que eles fora encarregado de supervisionar a construção de bases militares em cada uma das 6 regiões globais que o exército havia dividido o planeta. Eu imaginei que ele não conseguiria, mas ao final do mês, poucas detalhes estavam pendentes e as bases já estavam funcionando a todo vapor, facilitando o movimento de tropas e o transporte de equipamentos militares por todo o planeta.

Na nossa equipe o trabalho era cada vez mais árduo. As doenças se espalhavam pelos continentes e a resistência aos medicamentos aumentava na mesma velocidade. Nossos laboratórios não paravam de analisar os vírus e atualizar as fórmulas das vacinas para uma imunização mais eficaz. Conseguimos rapidamente erradicar uma doença na Ásia tão terrível que fiquei um pouco aliviado por ela não ter se espalhado, no entanto, o que mais me deixava desanimado era o COdA-403b. Nenhum dos nossos esforços eram capazes de curá-lo, e o número de infectados crescia a cada dia, anunciando uma sentença de morte para milhares de famílias.

Voltamos para Atlanta para mais uma daquelas reuniões intermináveis. No meio da reunião percebemos uma movimentação de tropas militares fora do complexo fora do normal. Helicópteros decolavam com maior frequência e até mesmo os blindados foram colocados na porta do prédio, criando um clima de apreensão em todos. Em determinado momento um general entrou na sala, falou algo no ouvido do nosso diretor e ele saiu sem dar maiores explicações, só nos disse para continuarmos sem ele. Nem é preciso dizer que após dois minutos a reunião chegou ao fim e fomos para o corredor em busca de alguma explicação para tamanha agitação. Nossa especialista em quarentena passou correndo por mim, fui atrás dela gritando seu nome e, percebendo o meu desespero, ela parou e me disse o pouco que sabia: que alguns pacientes estavam se comportando de maneira estranha em Washington e que um grande pelotão havia sido destacado para analisar a situação, e que assim que ela tivesse mais informações me informaria. Parecia que eu estava vivendo dentro daqueles filmes de catástrofes e que meu papel não passava de mero espectador. O que mais poderia dar errado agora? Fui para a minha sala e adormeci de tão cansado que estava. Não sonhei.

Escrito por: Renbardela

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